terça-feira, 31 de março de 2015

Manuscritos do Mar Morto no Museu da Jordânia

Um dos artefatos mais surpreendentes no Museu da Jordânia em Amã (Jordan Museum), é um exemplar dos Manuscritos do Mar Mar feito de Cobre. O Rolo de Cobre (3Q15) é um dos Manuscritos encontrados em caverna 3 perto de Khirbet Qumran, mas difere significativamente dos demais.

Manuscritos do Mar Morto no Museu da Jordânia

Considerando que os outros manuscritos são escritos em pergaminho ou papiro, este pergaminho está escrito no metal: cobre misturado com cerca de 1 % de estanho. Além disso, ao contrário dos outros, não é uma obra literária, mas sim, uma lista de locais em que vários artigos de ouro e prata estão enterrados ou escondidos.

Exemplares dos Manuscritos do Mar Morto no Museu da Jordânia

Estação de esqui no Líbano

Coisas que você não sabia sobre o Oriente Médio

No Líbano estão umas das estações de esqui mais frequentadas do mundo - ao todo são seis resorts. O país é o único na Terra no qual é possível esquiar e ir à praia no Mediterrâneo em questão de menos de duas horas. Este fenômeno acontece por causa do clima moderado do Líbano e de suas montanhas estarem bem próximas à costa.


Neve no Oriente Médio

Cidade de Ajloun

Ajloun - norte da Jordânia

Amã - Jordânia



Música de Gaza: Al Takht Al Sharki band

Resolvi escrever sobre um momentos mais bonitos e singelos que vi na TV árabe, foi, exatamente, na edição do Arabs Got a Talent 2015 - o reality que é famoso no mundo, também, tem uma versão no Oriente Médio. A apresentação do grupo palestino Al Takht Al Sharki band, um grupo formado por 5 adolescentes (4 meninos e 1 menina) vindos de Gaza, emocionaram o mundo árabe com a história de superação e esperança.

O grupo tentou se apresentar nas audições do Arabs Got a Talent, três vezes, mas foram impedidos pelo Governo de Israel. De famílias devastadas pela guerra, os adolescentes, com empenho do professor de música que persiste em manter o Conservatório Nacional de Música de Gaza e sua banda - resolveram, novamente, tentar se apresentar no programa. Após idas e vindas entre a fronteira com o Egito e negativas para atravessá-la, por causa dos soldados israelenses, o grupo alcançou o objetivo. Ahmad Al Madhoun, Sarraj Al Sersawi, Mahmoud Kehail, Ramzi Alfar e Reema Ashour conseguiram atravessar a fronteira e seguiram em um ônibus até o Cairo para pegar um avião até a capital do Líbano, Beirute.



Em um sábado ao vivo, para mais de 20 países na emissora MBC4, a Al Takht Al Sharki band se apresentou. Para surpresa do grupo, em especial ao pequeno Mahmoud Kehail, o ator e comediante saudita Nasser Al Qasabi apertou o botão dourado, dando a Al Takht Al Sharki Band um lugar direto na semi-final do programa. Ao ser questionado pela cantora Najwa Karam o porque do choro, o Mahmoud Kehail responde que estava chorando de alegria.

Acho que ninguém não precisa entender árabe para conseguir sentir o que está acontecendo no palco. A esperança se viu presente naquele dia. Esperança, que, por mais que as pessoas sofram sem culpa, tudo na vida vale a pena e que um dia é melhor do que o outro. A Al Takht Al Sharki Band não ganhou a edição do Arabs Got Talent 2015, mas mostraram que o mundo é árabe é feito de pessoas esperançosas, decentes e de bom coração. Vividos em um ambiente de medo, de falta de direitos e de perseguição, os meninos da Al Takht Al Sharki Band não desistiram da música, mesmo que fosse um perigo sair de casa e ir até o conservatório para as aulas. Para mim, que acredito, que o mundo pode ser melhor, independente das mãos em que ele está sendo controlado, o exemplo dos meninos músicos de Gaza, me mostraram o quanto podemos seguir o caminho do bem mesmo estando envoltos em um ambiente sem perspectivas.

Parabéns, a Al Takht Al Sharki Band pelo talento. Parabéns ao povo de Gaza que tentam viver em meio ao caos.